RG. IBAMA 2799576

(21) 99597-3524

Imagem de curió na natureza - foto 1

Todo criador de curiós é pontencialmente um preservador da espécie, e eu como criador amadorista, venho conseguindo aprimorar cada vez mais esta bela ave e em especial com canto paracambi rompe nuvem.

Imagem de curió na natureza - foto 2

Todo criador de curiós é pontencialmente um preservador da espécie, e eu como criador amadorista, venho conseguindo aprimorar cada vez mais esta bela ave e em especial com canto paracambi rompe nuvem.

Imagem de curió na natureza - foto 3

Todo criador de curiós é pontencialmente um preservador da espécie, e eu como criador amadorista, venho conseguindo aprimorar cada vez mais esta bela ave e em especial com canto paracambi rompe nuvem.

Imagem de curió na natureza - foto 4

Todo criador de curiós é pontencialmente um preservador da espécie, e eu como criador amadorista, venho conseguindo aprimorar cada vez mais esta bela ave e em especial com canto paracambi rompe nuvem.

Imagem de curió na natureza - foto 5

Todo criador de curiós é pontencialmente um preservador da espécie, e eu como criador amadorista, venho conseguindo aprimorar cada vez mais esta bela ave e em especial com canto paracambi rompe nuvem.

26/08/2011

estamos vencendo esta luta

Resumo da reunião com o IBAMA (18/08)


Por Vilmar Martines:

- a IN vai ser substituída;

- 100 pássaros na relação;

- 35 anilhas; (se o criador tiver sucesso comprovando todos os nascimentos poderá pedir mais quinze)

- 35 transferências (saindo do plantel e o nº de entrada fica limitado ao nº 100)

- cada pássaro deverá permanecer pelo menos 30 dias na relação, somente depois deste prazo poderá ser transferido e assim sucessivamente (sem limitação);

- Nota fiscal em poder de expositor em torneio será liberada e, amanhã será resolvida a questão da participação com nota fiscal própria, ou seja, o próprio criador participar com seu próprio pássaro.

- anilhas invioláveis.

- as negociações vão continuar amanhã (19/08).

- quantidade de espécie 60 (sessenta), espécie que alguém tiver criando pode fazer pedido que o Ibama irá aceitar incluir na relação;

- caixa isolamento acústica está proibido, mas se houver uma documentação científica provando que o pássaro nada sofre com este confinamento, poderá ser reconsiderada esta posição (o Edilson Guarnieri irá providenciar, já tem pronto um parecer para apresentar ao IBAMA. Este trabalho foi feito por uma pessoa da USP)
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Por Neves:


Embora não tenhamos logrado êxito em 100% dos nossos pleitos, podemos sem duvida alguma, considerar que o dia de hoje é um marco histórico para a nossa atividade.


Nunca os criadores de pássaros estiveram tão prestigiados. Recebendo as nossas lideranças e seus convidados estavam, além dos técnicos do IBAMA, dos Deputados Federais Marquezelli, Valdir Colato e Otavio Leite, o Dr Curt, Presidente do IBAMA, a Dra Daniela Diretora de Conservação da Biodiversidade e o Dr Bráulio Ferreira de Souza Dias, Secretário de Biodiversidade e Florestas.


A presença do MMA mudou completamente o cenário. Tivemos oportunidade de discutir a fundamentação técnica dos vários aspectos da IN, inclusive com o Sr Roberto Cabral da fiscalização.


A proposta de nova IN apresentada pelo IBAMA foi a mesma defendida na palestra da Dra Izabel na Audiência Pública. Mantinha o limite máximo de 3 transferências para um mesmo pássaro em toda a sua vida. Limite de pássaros em 60 aves, de anilhas em 20 e de transferências em 20, como já é do conhecimento de todos.

A reunião iniciou às 10 horas e terminou às 20:30.
Fora vários detalhes, saímos de lá com o compromisso do IBAMA de limite de pássaros em 100 aves. Transferências serão 35 saídas do plantel sendo as entradas limitadas pelo número de pássaros. Anilhas serão disponibilizadas 35 por temporada.

Caso o criador comprove ter tido sucesso na reprodução poderá solicitar mais 15 que serão liberadas mediante avaliação do IBAMA. Foi eliminado o número limite de transferência na vida do pássaro.
Naturalmente nada está publicado. Mas temos o compromisso firmado na presença da Diretora de Conservação da Biodiversidade, que teve participações importantíssimas na discussão.


Muitos outros detalhes foram alterados. O maior prejuízo, em meu entendimento, foi a proibição do uso de cabines de isolamento acústico. Sabemos o impacto que essa proibição terá no canto clássico de curiós. A fiscalização foi irredutível nesse aspecto. Conseguimos arrancar a promessa de que a proibição poderá ser revista se for apresentado estudo científico que comprove que as cabines não causam nenhum estresse aos pássaros.


Cabe ainda destacar que todos os passarinheiros presentes, amadoristas ou comerciais defenderam os mesmos valores. Foram várias as pessoas que se destacaram, apresentando argumentação importante. Não citarei ninguém para não incorrer em injustiça. Mas ficou evidente a complementariedade dos discursos. Os esforços se somaram e o resultado pode ser considerado muito bom. Unidos somos muito mais fortes.


O Dr. Cantarelli nos informou que a IN que trata especificamente da questão das anilhas está concluída e já foi entrega ao jurídico há 3 semanas.Informou ainda que pediria ao Dr Curt para cobrar agilidade na avaliação dessa normativa por conta da chegada da temporada de reprodução.


Permanece em vigor a IN 015 até que se publique essa nova, que será uma outra IN. A idéia é que seja publicada a nova na próxima semana.
A IN que trata da questão das anilhas está pronta. Está na procuradoria para avaliação da conformidade legal há já 3 semanas.


O Dr Cantarelli irá pedir ao Dr Curt que busque atribuir prioridade para essa nota por conta da chegada da próxima temporada reprodutiva.


Mesmo sendo nova a IN é entendida pelo como IBAMA como uma IN de transição. O IBAMA fará um esforço para publicar a lista PET que determinará o que pode e o que não pode ser criado.

O IBAMA reconheceu a inviabilidade de criar uma outra categoria de criadores comerciais. Todos os comerciais serão regulamentados pela mesma normativa. Outros aspectos poderão ser revistos quando da próxima IN, dependendo de solicitação fundamentada das entidades representantes dos passarinheiros.

07/06/2011

Péssimas notícias sobre a INº 15

De Acordo com o Presidente da Feepaerj, Flávio Saldanha, temos péssimas notícias de Brasilia, Pois o Américo Diretor do Ibama que estava a favor de resolver o Impasse existente entre a Classe Passarinheira e a IN 15, Saiu do Setor, Sendo Assim o objetivo de enquadrar a IN 15 dentro das necessidades Reais da Classe Passarinheira e das Exigencias do Ibama e do Ministério Público, ficaram mais dificultados, visto que alguns Funcionários do Ibama, RAQUEL e ROBERTO já foram até o Setor Juridico do Ibama onde a IN 15 estava sendo apreciada e solicitaram que nada dela fosse alterado. A IN 15, PERMANECERIA COMO ESTA HOJE, INALTERADA.

Sendo Assim, Voltaremos a ESTACA ZERO e Pior com a IN 15 guela abaixo.

Pediria agora União de todos, (Parlamentares, COBRAP, ANAPASS e todos aqueles que de alguma forma, possam colaborar para não deixar que isso ocorra)

Afinal estavamos bem próximo de uma assinatura e por pequenos detalhes ela não se realizou, O que nos chegou de conhecimento a respeito desse fato, foi que o acordo já havia sido firmado para sanar as diferença, e o IBAMA através do juridico ja havia aprovado 50 pássaros na relação, 50 tranferências e 50 anéis para ser solicitado, isso já era nosso. Porém a ANAPASS através do Neves seu presidente, pleiteou 100 aves na relação, 50 tranferências E 50 solicitações de anéis, E Por Isso a IN teve que voltar para apreciação do Juridico, e ela não foi assinado no começo do Mês. Então o que me parece mais adequado agora é que todas as autoridades envolvida na questão façam suas conceções pessoais, afim de uma Vitória da classe, Vitória da nossa classe, Pois o que deve ser observado é o interesse comum a todos, pois algumas poucas pessoas estão lá trabalhando para o interesse coletivo e assim sendo a maioria esmagadora da classe está aqui aguardando o pronunciamento de uma nova e razoavél IN.

Pequenas diferenças devem ser deixadas de lado e a coisa deve caminhar para a mais rápida e adequada solução a favor de nossa Classe, Pois o Ganho será de Todos.

03/06/2011

DICAS DE CANTO

Vetorização é o nome que damos ao resultado canoro conseguido através do estado “psicológico condicionado” resultante da atuação de elementos sonoros, instrução do dialeto da espécie ou situações sonoras exteriores, impressas pelos órgãos dos sentidos, em momentos “geneticamente pré-estabelecidos” para memorização do dialeto da espécie. Ex: O filhote foi vetorizado com o canto Praia Grande Clássico. A afirmativa diz respeito a que tal filhote, embora estando na fase do corrichar na época apropriada irá assoviar tal dialeto, pois o mesmo encontra-se Vetorizado. O filhote passa a ser portador desta informação tornando-se um vetor deste dialeto que se encontra impresso.

Caracteres Desejáveis do Filhote
Deve ser comprovadamente filho de Curió de excelente TEMPERAMENTO (fogoso), possuidor de BOA VOZ e REPETIDOR DE CANTO e já ter transmitido tais caracteres a filhotes de ninhadas anteriores.
Deve ser comprovadamente filho de Curiôa de excelente TEMPERAMENTO (fogosa), filha de curió possuidor de BOA VOZ e REPETIDOR DE CANTO e já ter transmitido tais caracteres a filhotes de ninhadas anteriores.
Quando Iniciar o Processo

Após o nascimento do filhote em questão, mais precisamente no 16º (décimo sexto) dia de nascido, ou seja, 3º (terceiro) dia após a saída do ninho (momento em que ocorre a manifestação dos INSTINTOS SELVAGENS do pássaro e ele perde a ingenuidade característica dos NIDÍCOLAS), momento em que o filhote fica arredio, arisco, (NIDÍFOGA) e tenta fugir da presença do criador, atentando contra as grades da gaiola, é neste momento que devemos iniciar o processo de VETORIZAÇÃO do dialeto mediante a implantação do método de CONFINAMENTO ÁUDIO E VISUAL, ainda em companhia da mãe.





Método de Vetorizão do Dialeto

Confinamento Auditivo e Visual
Conduzimos a gaiola da fêmea para uma Gabine de Vetorização ou recinto aonde as influências externas são totalmente eliminadas (ausência total de qualquer tipo de manifestação sonora) exceto a exposição sonora do DIALETO que se pretende vetorizar denominada de INSTRUÇÃO, executada através de equipamento CD-Player Programável, Toca Fitas Auto Reverse ou Pássaro Eletrônico com excelente qualidade sonora, com exibições controladas por TIMER em número de 03 ou 04 exibições diárias com duração de no máximo 15 (quinze) minutos cada e intercaladas por pialadas e chamados entre cantadas, distribuídas da seguinte forma e horários.
- Das 05:30 (Cinco e trinta) horas às 05:45 (Cinco e quarenta e cinco) horas da manhã.
- Das 07:00 (Sete) horas às 07:15 (Sete e quinze) horas da manhã.
- Das 09:00 (Nove) horas às 09:15 (Nove e quinze) horas da manhã
- Das 17:00 (Dezessete) horas às 17:15 (Dezessete e quinze) horas
Os espaços compreendidos entre as exibições serão preenchidos com a utilização de um rádio sintonizado em emissora FM com volume moderado tendo como finalidade provocar o estímulo canoro do filhote e ao mesmo tempo criar uma dinâmica sonora no ambiente intercalada por falas do locutor quebrando a monotonia do confinamento, evitando que o filhote se interesse por eventuais influências sonoras que por ventura penetrem no ambiente.
O volume do rádio não deve exceder a certos limites, pois há uma tendência dos filhotes tentarem suplantar o volume do rádio, transformando-se no decorrer do tempo em verdadeiros gritadores o que prejudicaria a formação do seu timbre, estragando para sempre o seu canto por adquirirem tal hábito. Caso seja usado Gabines de Vetorização, os espaços compreendidos entre as exibições poderão ser preenchidos por gravação sonora do barulho de água corrente como fonte estimulativa.
Ao completarem 30 (trinta) dias de nascidos os filhotes são separados do convívio da mãe que retornará ao criadouro para produzir a próxima ninhada ou se durante a cria dos filhotes ocorrer da fêmea solicitar a cópula (pedir gala), os filhotes devem ser temporariamente removidos da gaiola de criação para um recinto sonoramente seguro enquanto a cobertura da fêmea é efetuada longe da presença dos filhotes que em nenhuma hipótese devem ouvir o canto e as serradas do padreador durante a cópula sobre pena de inutilizarmos os filhotes. Logo em seguida retornamos os filhotes ao convívio da mãe que fará a postura e iniciará a incubação dos ovos sem negligenciar a sua tarefa de alimentar os filhotes separados por grade divisória.





Apartação

Aos 30 (trinta) dias de nascidos os filhotes são apartados da mãe em gaiolas individuais e encapados permanecendo no mesmo regime em que se encontravam anteriormente. Agora, sem a presença da mãe, inicia-se o CORRICHAR.
Procede-se em seguida a SEXAGEM, permanecendo no recinto apenas 01 (um) macho ou em caso de 02 (dois) machos na ninhada, o de melhor temperamento. Em nenhuma hipótese o filhote em questão deve ouvir ou trocar canto com outros filhotes.
O ensino é individualizado por questões territorialistas e da busca do aprendizado com a máxima perfeição, sendo ainda que, os filhotes que aprendem a cantar em pequenos grupos adquirem uma série de hábitos indesejáveis, tais como abrir o canto e logo em seguida interrompê-lo para escutar a resposta do companheiro. Estabelecido este vício ficam inutilizados para sempre, o grupo não desenvolve o caractere repetição e passa a emitir apenas fragmentos do dialeto ministrado no afã da disputa que se instala entre eles por QUESTÕES TERRITORIALISTAS.
O filhote que submetemos ao método de CONFINAMENTO AUDITIVO E VISUAL após a apartação já tem memorizado todo o dialeto contido nas instruções, ou seja, O CANTO ESTÁ VETORIZADO e como a encapagem da gaiola lhe tira a visão, tal fato o leva a aguçar a audição (fenômeno este muito conhecido entre os deficientes visuais) buscando dar conta do que acontece no ambiente onde se encontra confinado emitindo chamados ao menor movimento no recinto.
A partir deste ponto passamos a ter o máximo de rendimento do método, mais também o máximo de cuidado com eventuais invasões sonoras indesejáveis no ambiente. Continuamos com as instruções nos horários anteriormente estabelecidos, bem como a utilização do rádio que pode ter o seu volume um pouco aumentado tendo em vista o aguçamento auditivo do filhote e, possibilidades de contaminação sonora vinda do exterior. Tais preocupações são dispensáveis com o uso das Gabines de vetorização. Com o crescente desenvolvimento do corrichar o criador tende a submeter o filhote a um maior número de instruções e exposições mais duradouras.
Tal tendência deve ser controlada sob pena de inutilizarmos o filhote, pois o excesso de instruções nesta fase é totalmente desaconselhada, tendo em vista que o filhote já foi vetorizado.
Precisa-se apenas nesta fase exercitar-se estimulado pelo som do rádio (na natureza os filhotes nesta fase buscam os cursos dos rios e cachoeiras para estimular-se à prática do corrichado) para desenvolver a SIRINGE (órgão responsável pela fonação).
Preparando-se para o surgimento dos primeiros assovios, a intensificação de instruções nesta fase provocará a total inibição do corrichar com o estabelecimento do medo, desinteressando-se pelo aprendizado e em casos mais graves se instala o DPA- Distúrbio da Plumagem do Pássaro com o surgimento da injúria da plumagem (auto depenação).
O filhote deve ser mantido rigorosamente dentro do esquema previamente estabelecido.
Manejo dos Filhotes

O ambiente em que mantemos o filhote deve ser relativamente confortável, bem arejado, desprovido de correntes de vento, umidade excessiva tais como banheiros e cozinhas e em nenhuma hipótese deverá ter as paredes revestidas de azulejo, cerâmica ou pastilhas, pois tais ambientes não absorvem o som (por serem revestidos com material refletivo e não absorvente) das ondas sonoras provocando eco (reflexão da onda acústica pelas paredes) e reverberação (persistência de um som num recinto limitado, depois de haver cessado a sua emissão pelo pássaro).
A conseqüência direta é a má formação do timbre, com a metalização da voz do filhote, dotando-o de um timbre com testura irritante, com a eliminação da maviosidade e maciez. (perde o veludo da voz). Tal preocupação é dispensada com o uso das Gabines de Vetorização.
O ideal seria um ambiente revestido com cortinas, se possível paredes revestidas de manta de espuma de nylon ou qualquer material absorvente sonoro. Aos 03 (três) meses ou próximo desta idade o filhote confinado inicia a emissão dos PRIMEIROS ASSOVIOS e em 15 (quinze) dias já está com o canto (ou o que ele estiver executando como canto) completamente limpo de CORRICHADOS.
O canto a partir desta data será composto apenas por assovios inicialmente acelerados e meio descoordenados (dizemos que o canto está turbado) o que vai se ajustando com o passar dos dias.
O filhote apresenta-se bastante agitado, muito nervoso irritando-se com muita freqüência, principalmente com o dorminhoco (pequeno poleiro alto da gaiola), efetuando com freqüência uma espécie de vôo giratório em torno da extremidade do dorminhoco com emissão de sons que se assemelham a um CHILREADO que acompanha os movimentos circulares (três a quatro voltas completas e contínuas no ar) que se assemelham ao pairar de um beija-flor em visita a uma flor, só que no caso em questão a extremidade do dorminhoco faz às vezes da flor e o filhote gira voando em torno da extremidade. Tal movimento é conhecido entre os criadores que usam o método pelo o nome de BEIJA-FLOR .
(Não confundir com Salto Mortal LOOPED etc.).
Neste estágio, passamos a ministrar a instrução apenas duas vezes por dia (início e fim do dia), tomando por base a prática do método, temos verificado que os filhotes não suportam a massificação das instruções e se estressam retraindo-se, comprometendo todo o desenvolvimento da ALTO CONFIANÇA no momento em que começa a ter as primeiras experiências com o canto. As conseqüências são as piores possíveis, pois com instruções desnecessárias ocorre o desinteresse total do filhote e se estabelece o medo.
Neste estágio o canto já se encontra vetorizado precisando apenas ser exercitado com tranqüilidade e moderação para que tenha um bom desenvolvimento. Ministrar instruções Longas e demoradas, nesta fase do ensinamento estabelecerá Aspectos Territorialistas no filhote tais como disputas de canto com a instrução.
Tal fato leva o filhote a fragmentar suas emissões de canto inibindo totalmente o processo de aprendizagem e repetição, quando não afeta o estado psicológico com o estabelecimento do medo causando danos irreversíveis tais como: Destruição do Temperamento (com abertura de asa constante), Auto Depenação, (arrancamento das penas pela ave) Afinamento (imobilização da ave no poleiro por longos períodos).
O filhote, em nenhuma hipótese, deve deixar o recinto de confinamento sobre quaisquer pretextos, e muito menos a capa ser removida; em nenhuma hipótese deve tomar conhecimento do mundo exterior para não dividir a sua atenção com o que acontece lá fora.
Nesta fase, qualquer manejo da gaiola pode provocar a estimulação do temperamento levando o filhote a um estado de agitação e nervosismo que prejudicará todo o trabalho em desenvolvimento, pois o manejo precoce pode desencadear o processo de repetição do canto antes que ele se forme completamente levando a ave a só cantar fragmentos, não mais se interessando pelo aprendizado, e pior ainda, estabelecer o hábito de repetir um fragmento de canto.
O estado de agitação e nervosismo (enfezamento) que acometem filhotes de excelente procedência o leva a externar de forma exagerada um temperamento fortíssimo que conduz o filhote a uma fluência canora super abundante e exaustiva, provocando um cantar sem limites, levando o filhote a um estado de rouquidão irreversível quando não o derruba do poleiro num ataque fulminante que lhes ceifa a vida.
Registro aqui o fato de que alguns filhotes da linhagem ESTRELA BAIANA interromperam o corrichado entre 45 (quarenta e cinco) e 60 (sessenta) dias de apartação da mãe, iniciando precocemente a fase de limpeza do canto com emissões de assovios. Tal fato, embora muito desejável por parte dos criadores, tem acarretado uma gama muito grande de problemas, pois a SIRINGE (órgão responsável pela fonação) necessita de no mínimo 90 (noventa) dias de corrichado para poder se desenvolver e executar assovios com a fluência e intensidade característica desta linhagem de excelentes curiós que se desenvolve no Sul da Bahia.
Valho-me do conhecimento de alguns casos ocorridos entre nós sendo que o de rouquidão tem sido muito freqüente. Os filhotes aqui referidos começam a assoviar de maneira exaustiva e ininterrupta, apresentando volume de emissão de canto e fluência excepcional sobrecarregando a SIRINGE que não estando completamente desenvolvida começa a apresentar problemas que vai desde a rouquidão (com a perda da afinação e em seguida da voz) até a morte do filhote.
Em tais casos, o filhote deve ser contido a qualquer custo.
Deve ser conduzido a local onde predomine a penumbra (presença parcial da luz) e desativado todos os meios e recursos de estimulação do canto tais como: sons produzido por rádio, reprodução de instruções através de quaisquer meios, predominando o silêncio absoluto inclusive a eliminação de quaisquer influências externas, em especial o canto de outro pássaro, devendo predominar a tranqüilidade e o silêncio absoluto mesmo que em último recurso tenhamos que coloca-lo “cara a cara” com um outro filhote fêmea , de idade semelhante, durante o tempo que se fizer necessário para a recuperação dos danos por ventura já causados na SIRINGE ou por prevenção. Em casos de lesão a SIRINGE, (rouquidão do filhote) ministrar no bebedouro água potável com pequenos pedaços de casca desidratada da fruta ROMÃ, (fruto da romãzeira) que tem dado bons resultados.
Não exagerar na quantidade de casca, pois a mesma produz rapidamente coloração amarelada na água com um forte amargor.
O tratamento deve ser suave e durar até cessar a rouquidão. Lesões da SIRINGE por exaustão tem sido uma preocupação constante entre os criadores da raça ESTRELA.
Ao atingir os 04 (quatro) meses de idade o filhote já emite todo o dialeto ensinado apresentando algumas dificuldades, tais como: a emissão em demasia de determinadas notas ou a eliminação de outras, verificando-se com freqüência no caso do Canto Praia Grande Clássico uma desordem na estrutura do canto por ser muito extenso e variado.
Alguns filhotes negam a entrada de canto, outros os arremates, outros ainda, fazem uma confusão generalizada.
Tudo depende especificamente de cada um, de uma maior ou menor capacidade de assimilação, sendo que algumas características estão sempre ligadas a outras, ou seja, uma característica provoca o surgimento de outra, é a causa gerando um efeito.
Vejamos, os filhotes que apresentam o canto bastante desordenado geralmente são muito fluentes e emitem com muita rapidez e facilidade tríades (conjunto de três notas) que predominam no canto Praia Grande propiciando a confusão a que me refiro, pois bem, tais filhotes são geralmente os que irão repetir canto, pois a fluência associada ao fôlego são condições indispensáveis para tal fim.
Os filhotes que emitem demasiadamente certas notas o fazem porque ainda não automatizaram a emissão correta do canto e tendem a executa-lo todo em tríade (conjunto de três notas) não observando os conjuntos de duas notas (dual) que eles executam como tríades acrescentando uma nota a mais.
Temos observado que certa deficiência ocorre por excesso de determinada qualidade, os filhotes apresentam tendências das mais variadas, compete ao criador identifica-las e dosa-las buscando a formação correta do dialeto. Aí começa a etapa de lapidação do canto.

ALIMENTAÇÃO

Sementes: As sementes deverão constar na alimentação diária em todas as fases da criação. Sempre forneça Alpiste, Painço branco, Painço verde, Arroz em casca. Poderá ser acrescentado também Perla, Niger , Aveia , Girassol e Cânhamo.
As sementes são uma das maiores fontes de doenças de um plantel, pois se armazenadas incorretamente ou ficarem velhas geram fungos ( micotoxinas ), deverão ser adquiridas de um fornecedor conhecido e que tenha boa rotatividade nas vendas para garantir sementes novas . Não estocar sementes pôr mais de 30 dias.
Verduras e Legumes: As verduras podem ser (almeirão ,chicória ,espinafre ,catalonia ) e legumes ( milho, abobrinha, jiló ) poderão ser dados ocasionalmente durante todas as fases da criação. O grande cuidado a se tomar são com as verduras, pois deverão ser bem lavadas.
Farinhada: A farinhada pode ser encontrada facilmente em lojas especializadas em aves e pássaros, e deverá ser dada de 2 a 3 vezes pôr semana no período de manutenção e diariamente no período da muda de penas e reprodução. Não deixar a farinhada disponível pôr mais de 6 horas, pois ela se deteriora. Cuidado para não deixar as aves obesas, pois elas dificilmente procriam quando muito gordas.
Areia: Os criadores sabem que as aves em geral não possuem dentes. Como nos curiós, o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimentos ingeridos; e é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que permite a "trituragem" que antecede à digestão e proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo às vezes dos dentes, ajudando a trituragem e digestão dos alimentos. Por esta razão o curió deve sempre ter à sua disposição areia própria para pássaros.
A areia deve permanecer diariamente, pois as aves saberão quanto e quando se alimentar.

MELHORAMENTO GENETICO

Melhoramento Genético para Criadores Iniciantes
Introdução: muito pouco ou quase nada se tem escrito sobre Melhoramento Genético do Curió ou mesmo sobre Seleção Genética. Temos a impressão de que o Curió está imune às Leis da Genética e que não podemos aplica-las para melhorar as suas qualidades. Se não dispomos de Curiós de excelentes qualidades em quantidades suficientes para atender a demanda do mercado, duas hipóteses me ocorrem: Não temos produção suficiente, ou temos, porém de qualidade duvidosa. Temos verificado entre os criadores o desejo obstinado de produzirem ninhadas a qualquer custo, e isto é muito bom, porém precisamos aliar aos nossos desejos os Melhoramentos Genéticos necessários.
Formação do genótipo do criadouro: todos os criadores de Curiós buscam a formação de um genótipo próprio para o seu Criadouro. O Genótipo é a sua "Marca Registrada". Para a formação desta "Marca Registrada" devem simplesmente adquirir pássaros portadores de herança genética de sua preferência como ponto de partida para a formação e desenvolvimento do seu criadouro que se encontra em formação. Pode-se ainda proceder ao aperfeiçoamento do genótipo adquirido como forma de tornar-se um criador representante daquela "Linhagem", no entanto, a aquisição de genótipos desenvolvidos por outros criadores como ponto de partida para a criação, tem sido cada vez mais freqüente entre os criadores por agregarem valor aos seus descendentes. O desejo de cada um é possuir pássaros com características próprias, portanto é indispensável que se faça uma escolha tecnicamente correta na hora de se adquirir um Curió.
A definição dos caracteres desejáveis para iniciar o trabalho de adequação de suas preferências sobre o genótipo recém adquirido é de fundamental importância, pois, a maneira mais eficiente de se obter o melhoramento genético do Curió é através da prática dos Cruzamentos Dirigidos. Estes cruzamentos proporcionam a fixação na progênie dos caracteres desejáveis portados pelos padreadores envolvidos nos cruzamentos e baseiam-se no principio da "Hereditariedade" que consiste no fenômeno da continuidade biológica pelas quais as formas vivas se repetem nas gerações que se sucedem (progênie).
Buscamos identificar (descobrir) entre os padreadores e matrizes que dispomos, as melhores combinações de Genes, (combinações gênicas) capazes de se manifestarem espontaneamente na progênie. Todo o trabalho é voltado à investigação e identificação da melhor composição genética que podemos dispor para a formação do Genótipo do nosso criadouro. Esta combinação deve atender aos nossos critérios de qualidade já que dispomos de um plantel (banco genético) e exercemos sobre ele um total controle, podendo conduzir de forma criteriosa os cruzamentos definindo quais genes irão compor a progênie de cada acasalamento. Sabemos que determinada progênie será parecida com seus pais mediante princípios de hereditariedade e que, os pais são do jeito que são porque também herdaram qualidades e defeitos dos seus, logo o processo de hereditariedade se renova a cada cruzamento e podemos interferir em busca da Composição Gênica que melhor se enquadre às nossas exigências, podemos planejar quais fatores genéticos comporão a progênie da próxima ninhada e que seguramente serão herdados dos Pais.
Fica claro mediante o exposto que, a qualidade de uma progênie é determinada por sua herança genética que se manifestará no momento oportuno e, caberá ao criador selecionar os indivíduos mais representativos e portadores dos fatores genéticos desejáveis para constituírem ao longo do desenvolvimento da criação o seu plantel.
A este conjunto de ações planejadas denominamos de Seleção Genética.
Seleção Genética - Depuração do Plantel: Devemos no início da Estação de Cria escolher criteriosamente o genitor mediante análise do seu genótipo. Este Curió deverá representar o melhor que podemos conseguir em termo de "Pedigree" (conjunto de todos os seus ascendentes). Esta escolha criteriosa deverá garantir a correta combinação de gens que comporá o genótipo que se pretende produzir. O genitor escolhido deve ser o mais perfeito representante das qualidades que o credenciará a desempenhar a meritosa função de padrear todas as progênies da Estação de Cria; em outras palavras, será ele o pai de todas as gerações da Estação de Cria em questão.
Todas as matrizes deverão ser testadas em busca da identificação daquelas cuja progênie exibirá as boas características latentes em seu genitor. Cada cruzamento deverá ser lançado em livro de Registro Genealógico do Criadouro contendo todos os dados do genótipo do padreador e da matriz envolvida em cada cruzamento. Efetua-se a resenha das características que se objetiva conseguir na progênie. Sabemos que não existem curiós geneticamente perfeitos, cada pássaro é composto por boas e más heranças genéticas, portanto selecionamos aqueles portadores das heranças genéticas desejáveis e eliminamos da criação os portadores das heranças indesejáveis, com tais comportamentos estaremos praticando a Seleção do Plantel.
Após efetuarmos no final da estação de cria a seleção de todas as progênies, reservamos as irmães de ninho dos filhotes machos considerados portadores dos fatores desejáveis para cruzarmos no ano seguinte com o pai objetivando a fixação destes fatores. Tal prática nos assegurará após alguns anos a formação do Genótipo previamente planejado e geneticamente estabilizado, podendo ser produzido por várias gerações.

Fonte: Dr.Gilson Ferreira Barbosa
E-mail: gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
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Consanguinidade

marcusthomazatti 16/11/2007 @ 16:54
Utilidade e utilização da consangüinidade na criação
Muito elogiado por alguns que declaram ser esse método excelente se as linhagens são de boa qualidade, por vezes ele é execrado por outros experts. Os criadores foram por muito tempo geralmente hostis ao método da consangüinidade, muitas vezes com veemência, apesar de que muitas raças de animais foram desenvolvidas inteiramente desta forma.
A consangüinidade é um método de reprodução no qual são associados reprodutores de uma mesma família, aparentados por graus mais ou menos próximos. Efetivamente, segundo uma codificação precisa, há tantos graus de parentesco de gerações em linha direta quanto em linha colateral, remontando ao mesmo ancestral.
Assim, entre um pai e seu filho há um parentesco dito de 1º grau. Da mesma forma, o parentesco dito de 2º grau entre um avô e seu neto, mas também entre um irmão e sua irmã.
O parentesco será de 4º grau entre primos-irmãos. A consangüinidade será portanto decrescente na ordem seguinte: irmão x irmã, meio-irmão x irmã, sobrinho x tia.
A partir daí, a consangüinidade colateral é utilizada freqüentemente com muito bons resultados, sob a condição de que os exemplares utilizados sejam "de elite". Ela permite realmente um alto grau de uniformidade no tipo e em algumas outras características.
Através da consangüinidade, pode-se concentrar nos indivíduos reproduzidos os genes de um ancestral que já tenha sido utilizado muitas vezes naquela linhagem.
A consangüinidade, também, tende a separar em famílias distintas, cada uma remontando a um determinado ancestral, do qual se tenha desejado fixar as características.
Entre essas famílias é impossível praticar uma seleção familiar. A consangüinidade linear aumenta notavelmente a homozigose e o "poder raçador". Nós retornaremos posteriormente a estes dois pontos.
As aplicações práticas da consangüinidade linear são interessantes para se considerar. É evidente que se um certo macho produziu, com fêmeas diferentes, filhotes de qualidade superior à de suas mães, não se deve hesitar em utilizar o poder raçador deste reprodutor e fixar suas características.
Deve-se, portanto, aumentar a relação de parentesco entre seus descendentes e ele mesmo por utilização de consangüinidade em linha direta. Se o reprodutor tiver morrido, poderá ser utilizado indiretamente através de seus descendentes: nesse caso, sempre é importante aplicar rapidamente o método de consangüinidade em linha antes que a relação de parentesco entre os ditos descendentes daquele reprodutor torne-se mais baixa. Será mesmo conveniente recorrer à consangüinidade colateral entre primos-irmão.
Uma outra aplicação da consangüinidade linear é o estabelecimento de uma linhagem, problema que pode se apresentar a alguém que começar uma criação.
Para estabelecer a linhagem, é necessário inicialmente adquirir exemplares de excelente qualidade, em perfeitas condições de saúde e plenamente de acordo com os padrões da raça.
As fêmeas deverão ser acasaladas com um único macho, originando da mesma linhagem que elas, descendente portanto de um mesmo reprodutor.Esses cruzamentos permitirão a obtenção de filhotes dentre os quais se poderão selecionar os melhores.
Nos casos em que esse procedimento não seja possível, poderíamos partir de uma única fêmea como base. Ela deverá ser acasalada inicialmente com um excelente macho de uma linha de sangue diferente e depois com outro macho igualmente bom, mas com algum grau de parentesco com aquele utilizado da primeira vez.
Deveremos selecionar os melhores filhotes dessas duas ninhadas, que na temporada seguinte serão acasalados entre si e produzirão filhotes de qualidade homogênea, teoricamente muito boa.
Se após algum tempo de utilização de consangüinidade em linha aparecerem sinais de que ela tornou-se muito estreita na linhagem (os sinais de alarme mais comuns são o aparecimento de indivíduos instáveis, doentes e também a diminuição da vitalidade reprodutora dos jovens exemplares produzidos), poderá ser necessário introduzir "sangue" novo. É o chamado "outbreeding". A melhor maneira de fazê-lo sem danificar o trabalho anteriormente desenvolvido será procurar um reprodutor com 50% de sangue diferente.
Na prática, deveremos reintroduzir na linhagem um macho que seja filho de um reprodutor da linhagem desenvolvida por consangüinidade com uma fêmea de linhagem totalmente diferente. A consangüinidade que tende a aumentar o número de produtos homozigotos faz também aparecer todas as taras e todas as características defeituosas que por ventura existam na linhagem no estado recessivo.
Assim, quando essas características aparecem deve-se proceder a uma seleção implacável e guardar para reprodução apenas os indivíduos que tenham produzido os filhotes mais saudáveis, melhor constituídos, os mais próximos do padrão.As possibilidades de se alcançar o progresso almejado são maiores quando se utilizam para a reprodução em consangüinidade exemplares escolhidos segundo a observação do genótipo de seus descendentes, pois só assim teremos certeza de que eles possuem os genes desejados.
A porcentagem de indivíduos homozigotos aumenta dentro de uma determinada população com os acasalamentos consangüíneos (lei de Hardy) na mesma proporção em que aumentam as chances da transmissão de um determinado caractere dos genitores ancestrais, macho ou fêmea.
Por uma estreita consangüinidade a probabilidade de obtenção de indivíduos heterozigotos diminui sensivelmente: eles tendem a desaparecer devido à utilização dos acasalamentos consangüíneos, pois só os indivíduos subsistem enquanto se aproxima mais a homogeneidade da população.
É evidente que a consangüinidade estreita, mais ou menos incestuosa, como a indicada nos exemplos anteriormente citados é a chamada "in and in" dos anglo-saxões, consistindo em acasalamentos entre pai e filha, filho e mãe, irmão e irmã.
O risco de aparecimento de taras recessivas é evidente o mesmo do surgimento das características desejadas, e é isso que justifica o aforimo de lush: "A consangüinidade não é crime, ela descobre o crime". As taras, os defeitos e as qualidades são condicionados por genes que, por vezes recessivos, aparecem graças à homozigose, já que estavam mascarados anteriormente pela heterozigose dos genitores ancestrais
Utilidade e utilização da consangüinidade na criação II
Uma consangüinidade distante consiste no manejo de indivíduos pouco aparentados. O "inbreeding" ou cruzamento entre parentes é a aliança de dois indivíduos que estão separados por três a quatro degraus de parentesco. O "line breeding" é aquele em que os exemplares acasalados estão separados por quatro ou cinco degraus de parentesco. Então, quando se fala de consangüinidade distante, significa que mais de cinco degraus de parentesco separam os reprodutores acasalados.
Os resultados da consangüinidade são sempre rápidos, contrariamente aos obtidos por simples seleção. A rapidez é mesmo chocante quando se trata de cruzamentos de "inbreeding" repetidos.
A utilização da consangüinidade gera controvérsias há muito tempo, e o problema é pouco esclarecido devido à parcialidade dos criadores e à inexatidão dos ensinamentos tirados de experimentos e ensaios práticos. A utilização prática da consangüinidade exige certas precauções, resultantes da estrita observação de regras bem codificadas pelo Dr. Roplet, que serão apresentadas nas linhas a seguir:
- Regra 1:
A consangüinidade que tende à homozigose produz a pureza, mas somente para a qualidade considerada pelo criador. Isso quer dizer que se os caracteres que o criador deseja melhorar beneficiam-se efetivamente desse método, outros caracteres não considerados irão degenerar-se. Isso pode acontecer por negligência, por escolha ou por impossibilidade material (números de casais utilizados) de eliminar os pássaros recessivos para esses caracteres secundários.
Portanto, deve-se absolutamente evitar o abandono provisório da melhoria de certos caracteres considerados como secundários e também a concentração de espécies de esforços unicamente na melhoria das qualidades primordiais, contando reverter posteriormente a situação, para então voltar a trabalhar aquilo que se tenha momentaneamente desconsiderado.
Efetivamente, se uma determinada característica é negligenciada, os indivíduos criados não mais a portarão, por resultado da homozigose (lei de Hardy) e não será mais possível reintroduzi-la, exceto pela infusão de "sangue novo" que, invariavelmente, provocará a destruição de todo o trabalho já realizado.
Há evidentemente necessidade de considerar-se numerosas características, uma vez que ocupando-se unicamente de trabalhar as qualidades de tipo (melanina), podem ser pioradas outras características (forma, lipocromo, etc...).
- Regra 2:
Os efeitos nocivos da consangüinidade podem ser decorrentes da heterozigose, sempre devido a cruzamentos em "outbreeding" nas gerações anteriores. Paradoxalmente, a consangüinidade aumenta nesse caso a variabilidade e a freqüência do aparecimento de características indesejáveis, mas o grande erro seria voltar aos acasalamentos com outros indivíduos portadores de uma variabilidade de caracteres ainda maior. O único remédio consiste na continuação de uma consangüinidade estreita com seleção rigorosa dos recessivos e sua eliminação da reprodução. Na prática, a aplicação da consangüinidade em cruzamentos com linhagens estranhas (outbreeding) produz indivíduos com características indesejáveis. Portanto, a única solução é continuar a usar a consangüinidade . Pode-se concluir daí que a consangüinidade é muito mais vantajosa e benéfica em curto tempo se praticada com exemplares já relativamente aparentados ao invés de uma população com linhagens diversas. Podemos inferir que o criador terá o maior interesse em testar a descendência para evitar a heterozigose. O resultado será uma produção de grande homogeneidade, com alta porcentagem de indivíduos de boa qualidade. Esses indivíduos serão quase idênticos e formarão facilmente quartetos de muita harmonia.
- Regra 3:
Não se deve jamais utilizar reprodutores inferiores ao ideal desejado pelo criador. A consangüinidade não traz bons resultados quando a freqüência genética de uma característica desejada é baixa. É claro que o criador busca fixar essa característica favorável. Ele deve , portanto, fazer acasalamentos entre famílias aparentadas, até que produzam um número suficiente de indivíduos excelentes para, só então, começar a utilizar a consangüinidade planejada. O número de indivíduos excelentes deverá ser grande, porque sempre haverá muitos exemplares de fenótipo inferior para se eliminar. Durante as quatro ou cinco primeiras gerações, deve-se acompanhar cuidadosamente não a qualidade particular de um único indivíduo, mas sim a qualidade dos melhores exemplares, que serão os únicos utilizados como reprodutores.
- Regra 4:
Não se deve nunca utilizar exemplares defeituosos (homozigotos recessivos para uma determinada característica indesejável), uma vez que o acasalamento de dois pássaros defeituosos produzirá com certeza apenas indivíduos defeituosos, e não se poderá jamais voltar à dominância heterozigótica sem "outbreeding". Por outro lado, a obtenção de uma característica dominante homozigota dispensa a seleção posterior de tal característica.
- Regra 5:
É desejável que os criadores trabalhem em estreito acordo, em parceria mesmo, cada um selecionando linhagens diferentes mais de características igualmente boas. O desenvolvimento simultâneo de várias linhagens é efetiva garantia contra a involuntária mas inevitável perda de genes resultante da consangüinidade. Poder introduzir um macho ou fêmea de excelente qualidade nessas diferentes linhagens permitirá a superação de eventuais problemas, assim como evitará chegar-se a um impasse definitivo. Por outro lado, coisa muito comum na criação, a data de separação de diversas linhagens não é nunca muito antiga, e facilmente podemos perceber que muitos exemplares em nossas criações têm ancestrais comuns, provenientes de um criador líder na época da aquisição do plantel. Desta forma, se o criador não praticou continuadamente o "outbreeding", a impureza resultante dos acasalamentos de exemplares de diferentes linhagens não será jamais muito grande ou muito grave, assim como os cruzamentos com pássaros estranhos não produzirão perturbações muito importantes.
Utiliza-se, portanto, a consangüinidade quando se deseja produzir exemplares muito próximos daqueles que admiramos. Desta forma, aumenta-se o coeficiente de parentesco que naturalmente seria reduzido à metade a cada geração, se não utilizarmos a consangüinidade. Além disso, a consangüinidade apresenta uma enorme vantagem que justamente vem sendo desconsiderada pelos criadores há muito tempo: ela ajuda na seleção de genes desfavoráveis, ao fazer aparecerem indivíduos portadores dessas características. Essa concentração de características indesejáveis em determinados indivíduos facilita a sua eliminação: basta retirar da reprodução esses exemplares. O ideal seria que um filhote de cada ninhada acumulasse todos os defeitos.
A consangüinidade permite igualmente a formação de famílias distintas, oferecendo-nos assim a possibilidade de uma seleção mais severa que aquela feita entre indivíduos quaisquer, sobretudo quando consideramos as características de difícil transmissão. A consangüinidade permite, enfim, testar o valor hereditário de um macho "raçador".
O teste da consangüinidade incestuosa serve como prova e constitui o teste mais rigoroso do valor hereditário de um macho. Esse é o maior mérito do método, permitir a criação de indivíduos fortemente homozigotos, qualificados como "raçadores".
O poder raçador de um reprodutor á a capacidade de imprimir em seus descendentes características tais que os façam parecer-se com seus pais e entre si, mais que o normal.
Utilidade e utilização da consangüinidade na criação IIIEm zootecnia, é comum designar-se pelo termo "hereditariedade unilateral" o fato de um produto parecer-se unicamente com um de seus pais. Apenas um dos seus ascendentes transmitiu as características visíveis. Tudo se passa como se esse ascendente agisse sozinho,como se o produto fosse fruto unicamente de seus genes, quase um clone. Um reprodutor que possua essa qualidade é evidentemente um excelente "raçador", possuindo a capacidade de transmitir suas características a toda sua descendência, sendo chamado por isso de um "marcador de linhagem". Em contrapartida, alguns exemplares que brilham nos concursos, apesar de belos, não passam de reprodutores medíocres. A qualidade de "raçador", como bem define o Prof. Jean Blain, não é outra coisa senão a posse, por um reprodutor, de caracteres dominantes que se transmitem na primeira geração. É capacidade à qual se deve saber atribuir limitações e que a simples seleção não permite manter. Se a consangüinidade não for utilizada, não há qualquer razão, segundo o Prof. Blain, para que as características dominantes continuem a aparecer na totalidade dos sujeitos da segunda geração. Se as boas características de um raçador persistem após várias gerações pode-se dizer que os sujeitos portadores de caracteres recessivos não considerados foram eliminados.Como nós vimos, é melhor usar a consangüinidade estreita a partir de um bom reprodutor que a consangüinidade distante a partir de um reprodutor médio.Na prática, não existem reprodutores que transmitam apenas suas características, mas há reprodutores que possuem características que se impõem. Reportando-nos às leis de Mendel, o abecedário da criação, é fácil constatar que um reprodutor que possua caracteres dominantes em dose dupla (homozigose) os transmitirá obrigatoriamente à sua descendência, ao passo que um reprodutor que possua esses mesmos caracteres em dose simples (heterozigose) os transmitirá a apenas 50% de seus descendentes. Basta que o número de filhotes seja pequeno, para que o acaso faça com que nenhum deles se pareça com seu pai heterozigoto.De tudo que foi visto até aqui, podemos afirmar que as diversas causas do poder "raçador" de um indivíduo são: - a homozigose - se o reprodutor for homozigoto, ele produzirá apenas os genes que nós selecionamos. Portanto, o poder "raçador" é diretamente proporcional ao número de genes desejáveis para os quais o pássaro é homozigoto.- a dominância - um descendente que receba um gen dominante exteriorizará apenas o efeito desse gen. Portanto, o valor reprodutor será máximo se todos os genes desejáveis forem dominantes, e em estado de homozigose.- a epistasia - fenômeno pelo qual um determinado caractere depende de uma combinação de vários genes que individualmente produziriam um efeito nulo ou defeituoso. Normalmente, essa combinação epistática tende a rarear a cada nova geração, e portanto a consangüinidade linear permite aumentar sua probabilidade de acontecer.O valor do poder "raçador" de um indivíduo é função dos acasalamentos praticados. Os defeitos são freqüentemente devidos a genes recessivos, e um reprodutor "raçador" pode possuí-los em heterozigose. Em caso de acasalamento com um outro exemplar qualquer, aparentemente não defeituoso, mas igualmente heterozigoto para o defeito considerado, esse defeito poderá manifestar-se como em qualquer outro acasalamento entre pássaros heterozigotos. Enfim, o poder "raçador" é transmissível apenas naquelas características concernentes à dominância. A homozigose de um macho reprodutor não se repetirá em seus filhos, a não ser que as fêmeas com as quais for acasalado também sejam homozigotas para as características desejadas. Conclui-se que um alto grau de homozigose só pode ser obtido após numerosas gerações sucessivas, e pode ser facilmente destruído por um único cruzamento em "outbreeding".Vemos, portanto, que na criação deve-se buscar um equilíbrio entre as características procuradas e as indesejáveis. este equilíbrio depende da habilidade do criador e de seus conhecimentos, mas depende também do seu "capital inicial" e em particular da abundância de genes indesejáveis.Em fim, o criador deve preservar esse equilíbrio reservando-se o direito de recorrer a outras linhagens consangüíneas, para corrigir eventuais problemas e para reintroduzir genes favoráveis perdidos em sua própria linhagem, devido a erros de manejo ou a situações imprevistas. É conveniente lembrar que fundar uma linhagem é praticar a consangüinidade "in" e "in". Perpetuar uma linhagem, fixar um novo caractere ou melhorar uma raça decorrem da prática de uma consangüinidade mais ou menos estreita, que não se deve hesitar em usar.O coeficiente de consangüinidade a partir do qual começa o perigo é função do objetivo, da exatidão dos testes, da abundância dos genes indesejáveis, da porcentagem de eliminação possível, da velocidade de reprodução e das habilidades do criador. A consangüinidade ajuda na seleção contra os genes desfavoráveis ao fazê-los aparecer, e ao permitir a eliminação dos exemplares que os possuam.Se o número de genes recessivos é muito grande, a consangüinidade revelar-se-á impossível e a seleção não poderá ser levada a seu termo, uma vez que não será possível alcançar o objetivo desejado. O criador de animais, qualquer que seja a espécie ou raça, deve convencer-se de que não há seleção possível ou válida sem consangüinidade, assim como não há consangüinidade benéfica sem seleção. A produção é uma arte sutil que exige competência e habilidade, paciência e dinamismo, e também um permanente questionamento. Finalmente, é de uma judiciosa utilização da seleção, da consangüinidade e do "outbreeding" que depende o desenvolvimento de cada raça de pássaros que criamos, fazendo-nos incansáveis pesquisadores/criadores, permitindo a nós, humanos que somos, reencontrarmo-nos e desenvolvermos calorosas relações de amizade. autor: Stéphane Vansteelantfonte: revista Brasil Ornitológico

CANTO PARACAMBI

O Canto Paracambi
O canto Paracambi originário da cidade de Paracambi no interior do Rio de Janeiro é o canto mais bonito do Brasil, segundo afirmam seus admiradores. É, ou melhor, era muito comum nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Muitos curiozeiros fizeram longas viagens ao criatório do Mestre Marcílio, em Matias Barbosa – MG, na tentativa de obterem o melhor exemplar de Paracambi da época, evidenciando o belo canto do pássaro. Muitas vezes, o canto Paracambi foi confundido com o próprio pássaro.
Esse canto tornou-se famoso pelo desempenho inesquecível de pássaros da estirpe de Rompe Nuvem, Carijó, Caboclo, Coroado e muitos outros. A diferença básica entre os cantos dos pássaros acima descritos reside, principalmente, no andamento do canto, tendo todos eles a mesma melodia. Aliás, se não fosse a iniciativa pioneira dos proprietários destes pássaros grandiosos com relação à reprodução de seus cantos em fitas e CDs, hoje já não mais haveria um curió sequer cantando o Paracambi.
O canto Paracambi São José, originário da região de São José, zona rural de Paracambi, já foi sinônimo do mais belo canto que a natureza poderia produzir.
Quando os curiós viviam em estado selvagem – situação que hoje praticamente só existe em algumas regiões do Norte e Nordeste – o canto se manteve de geração após geração. Por iniciativa dos verdadeiros amantes desses pássaros, começou-se a sua criação em ambiente doméstico. Para formar os cantos dos filhotes, os criadores os deixavam ouvindo os cantos gravados em fitas cassete ou em CDs, como se fossem o pai e os tios dos mesmos cantando livres na natureza.
Os criadores paulistas, por serem mais organizados, saíram na frente e impuseram ao país o chamado canto Praia Grande, originário do litoral de São Paulo, que logo se tornou padrão nacional. Na verdade, o canto Praia se tornou uma grande indústria, que por pouco não engoliu os diversos cantos regionais, que só não desapareceram graças à paixão de dedicados criadores regionais.
Em torneios, o canto de curió Paracambi tem como padrão cantar pelo menos dez notas, podendo ainda o pássaro emitir doze notas sem prejuízo para o julgamento e o seqüencial das notas deve seguir o sonograma padrão que são:
Entrada de Canto: ti – tui – tuil – tié – tié – tiu – tam – tiam
Módulo de repetição: tuil – tié – tió – tió / tuil – tié – tié – tiu - tam – tiam
Para alcançar a nota total do juiz, leva-se em consideração a voz, a melodia e a harmonia: o número de notas, 10 ou acima; entrada de canto longa e definida; por emitir pelo menos dois cantos, um de entrada e um outro de arremate; pelo andamento moderado; e pelo seqüencial das notas seguidas pelo sonograma padrão.

DOENÇAS

Ácaro Vermelho:

É parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados"como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.

Eles causam incomodo noturno, quando vão se alimentar (sangue). A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes ao parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite.

Dificilmente leva a morte. Como profilaxia ( prevenção): fazer quarentena das aves adquiridas, higiene de galpão, gaiolas e acessórios, tratamento preventivo de aves suspeitas, evitar que aves de torneio retornem diretamente ao plantel, pois podem estar portando o parasita, adquirida de outra ave comprometida.

Á caro de Perna e Face (knemidocoptes):
Causa sarna de bicos, penas, e pés, vive sob as sob a pele da ave, em galerias, promovendo a coceira. A contaminação por este é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A), deficiências nutricionais. O ácaro após infecta uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar o quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés. Geralmente as infecções crônicas ( de longa data) levam a deformação de bicos e unhas. Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves dever ser bem ventilados e arejado, mas sem corrente de vento.

Piolho de Pena:
Causado por ácaro que se alimenta da própria pena , as cerdas ficarão com aspecto "roído", quebrado imperfeito e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros podem comprometer o vôo e retenção de temperatura ( pois as penas agem como protetor e isolante térmico) Alem do aspecto estético que fica prejudicado pela presença de penas imperfeitas. Profilaxia ( prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves, cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves dever ser bem ventilados e arejado, mas sem corrente de vento.

Isosporose ou Coccidiose:
Agentes causadores: Isospora lacazei e outras espécies do mesmo gênero. É um micróbio semelhante ao que causa as eimerioses. O reconhecimento só é feito pelo exame microscópico na fase adulta.

O micróbio é expelido pelas fezes e, ao atingir a faze adulta no chão, pode infectar os pássaros pelo ar, através da comida e da água.

Os pássaros adultos podem ser portadores da isosporose sem apresentarem os sintomas da doença, porem as fezes contaminadas podem atingir outros pássaros ou os próprios filhotes.

A infecção se agrava nos filhotes por serem mais sensíveis.

Sintomas: Os pássaros ficam tristes, arrepiados, sem forças para voar, mesmo que deles nos aproximemos. As fezes se tornam moles e as vezes sanguinolentas. Os olhos ficam com as pálpebras semicerradas, um pouco inchadas, e, as vezes, purgando. A autópsia revela intestino inflamado, com parede avermelhada,e , as vezes, com sangue. Manchas esbranquiçadas podem estar espalhadas pela parede intestinal.

Controle da doença: Muita higiene, evitar umidade.

Medicamentos indicados: Vitasol Coccidex, usar por no mínimo 5 dias, ou até o desaparecimento dos sintoma, ou medicamentos a base de sulfa.

Profilaxia: Limpeza diária das gaiolas. Evitar que pardais e outros pássaros comuns em liberdade sujem nas gaiolas ou na comida.

Malária ou Plasmodiose:
É transmitida por mosquito. Agente causador Plasmodium praecox ( existem outras espécies do mesmo gênero).

A malária dos pássaros é produzida por agentes muito parecidos com a do homem, mas não há contaminação, nem de um nem de outro.

Sintomas: A ave fica arrepiada, febril, não se alimenta, os olhos ficam semicerrados e ela, freqüentemente, tem dificuldade de respirar. ( a toxiplasmose possui sintomas semelhantes.)

Controle da doença: Em aves já doentes deve-se ministrar cloridrato de quinina, na dosagem de 1,5 miligrama ao dia. Prepara-se uma solução de 2% e dão-se, em duas vezes, cinco gotas por vez.

Colibaciliose:
É de difícil diagnóstico em vida. somente um exame feito na autópsia pode detectá-lo. Pode ser confundida com cólera, quando o pássaro morre em pouco tempo.

Controle da doença: higiene das instalações e imediata remoção do pássaro doente.

Paratifo:
Agente causador: Salmonella typhimurium ( podem ocorrer outras espécies, excluindo-se a S. pullorum e a S. gallinarum).

Sintomas: Os pássaros ficam "encorujados" e apresentam fezes sanguinolentas. A doença é fatal, na maioria dos casos.

Controle da doença: Eliminar o pássaro doente e desinfetar muito bem o local.

Cólera:
Agente causador: Pasteurella avicida

Sintomas: Os pássaros ficam enfraquecidos, as fezes ficam muito moles, sanguinolentas de de coloração amarelada.

A autópsia revela coração com secreção líquida turvas e sinais de sangue, pulmões vermelhos, intestinos também vermelhos e sanguinolentos, fígado com lesões de cor acinzentada. A doença se propaga pelas secreções produzidas na boca e nariz.

Controle da doença. Usar medicamento a base de Sulfa ( sulfatiazol, sulfametazina etc.)

Medicamentos modernos indicados: Neo-sulmetina SM, que é uma associação de sulfaquinoxalina e neomicina. Põem-se dez gotas no bebedouro durante três dias. Descansa-se dois dias e repete-se o tratamento. Avemetasina, que é uma associação de sulfaquinoxalina e sulfametasina.

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ITALIANO X CAMILA



ITALIANO X ANGOLANA



ITALIANO X CARIBE



BRASIL X MEXICANA 10/06/11
ITALIANO X CAMILA

02/06/2011

sera que isso acontece mesmo

Deputados federais vão elaborar lei para a comercialização de pássaros

Devido a falta de uma legislação específica, criadores possuem dúvidas sobre a comercialização dos animais

Letícia Luvison | Brasília (DF)

Quase 400 mil criadores de pássaros são registrados no país atualmente. Mas a falta de uma legislação específica ainda gera dúvidas, principalmente, sobre a comercialização dos animais. Por isso, o tema foi parar no Congresso Nacional, com a formação da bancada Eco Passarinheiro.

No viveiro da criadora Carmine Dianese, há 350 pássaros da espécie bicudo. A metade, filhotes reproduzidos no próprio cativeiro em 12 anos de trabalho. Tudo dentro das normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

– A minha motivação para criar pássaros foi conservacionista. Na verdade eu nunca vi um bicudo livre na natureza. O que me motivou foi o fato de saber que existem muitas pessoas interessadas no canto desses pássaros e que eles estão à beira da extinção – conta.

A espécie bicudo emite o som de até 25 notas musicais diferentes. Atrativo suficiente para quem quer ter um pássaro de estimação. Esses animais também movimentam a economia de vários setores como a fabricação de gaiolas e produção de ração e medicamentos. O curioso é que os interesses dos criadores foram parar no Congresso Nacional, com a formação de uma bancada específica para tratar do assunto. Os 26 deputados federais, integrantes da bancada, estão elaborando uma lei para a comercialização de pássaros. A idéia é conciliar renda e respeito ao meio ambiente.

– Depois de contatar os diretores do Ibama, e unir os criadores do Brasil, nós conseguimos redigir normas que ajudarão na convivência pacífica, construtiva e com resultados econômicos – explica o deputado federal coordenador da bancada, Nelson Marquezelli (PTB-SP).

Nós estamos fazendo um trabalho de conservação e por isso merecemos o respeito da sociedade. Para muitos criadores, esta não é uma atividade lucrativa e nem rentável. A maioria têm por hobby. Mas, alguns querem tornar isso um negócio – esclarece o presidente da Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos, Aluízio Tostes.

A ambientalista representante da Sociedade Mundial de Proteção Animal, Simone Lima, lembra que é difícil promover o bem estar nos cativeiros, comerciais ou amadores.

– Estamos achando até irônico que essa bancada tenha o nome de Eco Passarinheira. Fica uma coisa meio na moda botar eco na frente de qualquer coisa e dizer que isso tem uma função ecológica. Porque a função ecológica é preservada ao se preservar o habitat – comenta.

01/06/2011

Fotos de fêmeas

luminosa


plantel





Brasil


angolana


mexicana


f2 = italiana