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02/06/2011

sera que isso acontece mesmo

Deputados federais vão elaborar lei para a comercialização de pássaros

Devido a falta de uma legislação específica, criadores possuem dúvidas sobre a comercialização dos animais

Letícia Luvison | Brasília (DF)

Quase 400 mil criadores de pássaros são registrados no país atualmente. Mas a falta de uma legislação específica ainda gera dúvidas, principalmente, sobre a comercialização dos animais. Por isso, o tema foi parar no Congresso Nacional, com a formação da bancada Eco Passarinheiro.

No viveiro da criadora Carmine Dianese, há 350 pássaros da espécie bicudo. A metade, filhotes reproduzidos no próprio cativeiro em 12 anos de trabalho. Tudo dentro das normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

– A minha motivação para criar pássaros foi conservacionista. Na verdade eu nunca vi um bicudo livre na natureza. O que me motivou foi o fato de saber que existem muitas pessoas interessadas no canto desses pássaros e que eles estão à beira da extinção – conta.

A espécie bicudo emite o som de até 25 notas musicais diferentes. Atrativo suficiente para quem quer ter um pássaro de estimação. Esses animais também movimentam a economia de vários setores como a fabricação de gaiolas e produção de ração e medicamentos. O curioso é que os interesses dos criadores foram parar no Congresso Nacional, com a formação de uma bancada específica para tratar do assunto. Os 26 deputados federais, integrantes da bancada, estão elaborando uma lei para a comercialização de pássaros. A idéia é conciliar renda e respeito ao meio ambiente.

– Depois de contatar os diretores do Ibama, e unir os criadores do Brasil, nós conseguimos redigir normas que ajudarão na convivência pacífica, construtiva e com resultados econômicos – explica o deputado federal coordenador da bancada, Nelson Marquezelli (PTB-SP).

Nós estamos fazendo um trabalho de conservação e por isso merecemos o respeito da sociedade. Para muitos criadores, esta não é uma atividade lucrativa e nem rentável. A maioria têm por hobby. Mas, alguns querem tornar isso um negócio – esclarece o presidente da Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos, Aluízio Tostes.

A ambientalista representante da Sociedade Mundial de Proteção Animal, Simone Lima, lembra que é difícil promover o bem estar nos cativeiros, comerciais ou amadores.

– Estamos achando até irônico que essa bancada tenha o nome de Eco Passarinheira. Fica uma coisa meio na moda botar eco na frente de qualquer coisa e dizer que isso tem uma função ecológica. Porque a função ecológica é preservada ao se preservar o habitat – comenta.

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